Livro | Nonviolent Communication
Tenho estudado o tema Comunicação Não Violenta para contrabalançar o excesso de conflitos que as mídias sociais oferecem diariamente. Por sorte, é apenas neste ambiente que tenho contato com um tipo de debate e posições que pouco acrescentam a minha vida.
Tenho a impressão que estamos em meio a um grande experimento sem controle, impulsionado por desejos individuais que são potencializados por forças de corporações e grupos sociais. A mídia social se tornou uma forma de aliviar a própria dor por meio da reclamação e reivindicação de direitos e justiça. Ela tem um potencial imenso de mobilização e consegue atrair muita atenção para eventos ruins, que ganham o mundo como se tivessem acontecido perto de nós.
O que o livro propõe é refletir sobre nossas interações e perceber o papel de nossos sentimentos em meio à comunicação. É a busca pela exclusão do julgamento, da culpa e da violência no discurso. Rosenberg considera que há uma tendência à violência em todos nós, que tem sua raiz na necessidade de proteção de cada um. Conseguir superar essa faceta não é fácil, mas é um desafio que cada um de nós deve enfrentar para evitar acrescentar mais violência ao mundo.
A Comunicação Não Violenta é um método composto de 4 elementos: observações, emoções, necessidades e solicitações. Mais especificamente, perceber como as ações concretas que observamos afetam nosso bem-estar; como nos sentimos em relação ao que observamos; quais necessidades, valores, desejos etc. criam nossos sentimentos; e as ações concretas que solicitamos para enriquecer nossas vidas.
A partir dessa consciência, Rosenberg relata uma série de histórias que revelam a importância de nos preocuparmos com a forma com que nos comunicamos. Ao invés de responsabilizar os outros por nossos sentimentos, assumir que somos os responsáveis por eles:
Somos perigosos quando não temos consciência de nossa responsabilidade pela maneira como nos comportamos, pensamos e sentimos.
Como processo objetivo em meio à comunicação, devemos sempre estar atentos para separar a observação da avaliação, expressar o que estamos sentindo e receber com empatia o que o outro expressa.
Após dissertar sobre o método, Rosenberg aborda os temas resolução de conflitos e mediação, a eventual necessidade do uso da força em momentos críticos (ex.: segurar uma criança para evitar que ela corra para o meio da rua), a complexidade envolvida no ato de auxiliar outras pessoas e a expressão de elogios na Comunicação Não Violenta.
Eu costumo registrar os livros que leio na mídia social GoodReads. Aqui a crítica original que fiz do livro por lá.