Filme | Dads
O conceito de paternidade tem mudado: mais presença e participação ativa e na criação. O documentário de Bryce Dallas Howard estabelece esse marco de forma agradável e emocionante. Ele alterna depoimentos de celebridades com histórias reais de pais em diversas posições: aqueles que ficam em casa para cuidar dos filhos, outros que enfrentam desafios de saúde — sejam pessoais ou das crianças —, pais gays que adotam, pessoas que tiveram a visão de mundo alterada pela paternidade.
Sei que, por ter me tornado um pai recentemente, as histórias têm um efeito forte em mim. Ainda mais podendo estar mais próximo do Matias do que seria o normal, em razão da quarentena. Mas imagino que o filme baterá com intensidade nos corações de quem assistir, seja lá em que etapa ou condição de vida estiverem.
A conexão singular entre nós e esses seres cujo destino ajudamos a traçar parece ser o sentido da vida. É como se nós vivêssemos para exercitar a vida em si, um músculo disfuncional, que alterna fortaleza e fraqueza, precisão e imprecisão. Nós vivemos para descobrir como viver melhor. Levantamos hipóteses, brigamos uns com os outros, criamos regras, erramos, julgamos os erros. E o experimento definitivo é ter alguém como você para cuidar. Esse será o espelho que vai te possibilitar colocar as hipóteses em prática. Provavelmente, você nunca saberá ao certo se conseguiu fazer o seu melhor. Por isso, vai acabar tendo que confiar apenas em indícios, entre os quais estará o sorriso de seu filho. É uma bela missão: fazê-lo sorrir.
O filme está disponível no Apple TV+, que assinei gratuitamente por uma semana para testar. Infelizmente, a plataforma da Apple não tem interface para Google Chrome pelo celular, o que talvez comprometa a sua utilização aqui em casa. Só o futuro dirá. 🧐