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Welcome, take a seat.

O que fazer quando nada faz sentido?

Headlines and Last Lines in the Movies, Stefan Brüggemann (2016)

Headlines and Last Lines in the Movies, Stefan Brüggemann (2016)

Eu preciso me lembrar constantemente de que é bom viver. Com você, talvez seja parecido. Será que você, quando acorda, pensa no que há de bom no dia que acaba de começar? Eu faço isso. Muitas vezes, demoro a encontrar boas respostas. Mas eu insisto. E tive sorte até hoje, porque acabo encontrando excelentes motivos para levantar da cama. Dos mais simples aos mais épicos.

Meses atrás, uma amiga minha publicou no Instagram a foto de uma obra de arte na qual estava escrita uma frase mais ou menos assim: "E quando não há sentido na vida?".

A verdade é que nunca há sentido na vida. Não um entregue de bandeja. O sentido somos nós que fazemos. Infelizmente, alguns com mais facilidade do que outros. Mas acredito que todos nós somos capazes de fazer esse sentido.

Eu busco significados na minha família, na minha esposa, em amigos e animais de estimação. Mas também busco nas artes plásticas, que são tão belas e dizem tanto. Fico tão feliz quando encontro uma peça artística que me comunica algo importante. Tenho procurado cada vez mais obras pela internet e faço questão de compartilhar em meus perfis de mídia social para, quem sabe, minhas conexões virtuais possam sentir algo semelhante. Também encontro na literatura os significados que busco. E, ultimamente, escrevendo ficção. Esta coluna "Calma, gente" me alegra bastante e se tornou um outro bom motivo para acordar feliz. Inclusive, às segundas-feiras.

Meu trabalho é um excelente complemento à minha rotina e me impõe desafios grandiosos e aprendizado constante. As dificuldades são um motivo para levantar da cama também. Adoro esportes, comédia, filmes de ação (bem feitos) e chocolate. Tem tanta coisa boa no mundo. E, quando está complicado achar algo de bom, vez ou outra, eu volto ao passado para resgatar uma lembrança legal. Há sempre momentos inesquecíveis aos quais nos apegamos. O futuro é outra potencial fonte de felicidade. Sonhos, perspectivas, algo pelo qual ansiar. Eu gosto da sensação de esperar por uma encomenda que vai chegar pelos Correios, por exemplo.

O sentido da vida existe para ser buscado. Às vezes, ele cai no seu colo, na figura de um filho, de uma missão profissional, de um amor arrebatador. Mas, se a sorte não for tão grande, não fique parado. Vá atrás e preencha sua vida de sentido. Você consegue.


Eu escrevi a coluna “Calma, gente” no Huffpost Brasil anos atrás. Esse texto foi publicado em 09/09/2016.

Rodrigo Borges